A manutenção dos jardins municipais origina a produção de uma grande quantidade de excedentes biodegradáveis que, ao serem depositados em aterro, contribuem significativamente para o aumento dos encargos do Município.
Ciente deste facto, a Divisão de Ambiente desenvolveu o projeto “Compostagem Municipal”, que consiste na reutilização desses resíduos biodegradáveis. Através da compostagem, obtém-se um produto final, que é posteriormente utilizado como fertilizante nos jardins da cidade e nos viveiros municipais.
Para o Município santacombadense, os resíduos biodegradáveis deixaram, assim, de representar um encargo, passando a ser uma mais-valia.
Os principais passos para fazer compostagem são os seguintes:
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Escolher o Local: Este deve estar em contacto com a terra, num local de fácil acesso e junto a uma árvore ou parede, para evitar que o compostor apanhe temperaturas muito elevadas no verão e baixas no inverno.
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Preparar os materiais a colocar no compostor: No fundo do compostor, deve colocar-se uma camada de ramos para permitir a circulação de ar, a entrada de organismos e a drenagem das águas. Seguidamente, os resíduos devem ser colocados em camadas alternadas de resíduos castanhos e resíduos verdes. Como os resíduos castanhos são ricos em carbono e os resíduos verdes ricos em azoto, estes devem ser intercalados para que se possa satisfazer os requisitos nutricionais dos organismos. Tendo em conta que a última camada deve ser sempre de resíduos castanhos, para diminuir os odores e o desenvolvimento de insetos e de outros animais indesejáveis.
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Controlar os factores que influenciam o processo de compostagem:
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Arejamento – O conteúdo do compostor deve ser remexido quando compactado. Ao colocar na mão e espremer uma pequena quantidade de material, a mão deve ficar húmida, mas não pingar.
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Humidade – Se a pilha estiver muito seca, deve adicionar-se água ou resíduos verdes. Se estiver muito húmida, devem juntar-se resíduos castanhos.
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O tempo de compostagem, ou seja, o tempo que demora a termos o composto final é muito variável e depende da monitorização que se efetua no compostor.
Se os materiais forem bem colocados, em camadas alternadas e finas, se houver um bom arejamento e a pilha for remexida uma ou duas vezes por semana, o composto estará formado em dois ou três meses.
Se isto não ocorrer só se conseguirá obter o composto final passados três a seis meses.
Este composto final pode ser usado como fertilizante em relvados, canteiros e hortas.
Vantagens da Compostagem:
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Diminuir a quantidade de lixo para o aterro;
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Aumento da fertilização do solo;
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Retenção de água e ar no solo.
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Ajuda a evitar doenças das plantas;
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Reduz o uso de herbicidas e pesticidas;
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Custos reduzidos.