
A iniciativa contou com o patrocínio da Câmara Municipal, que se fez representar, no evento, pelo presidente Leonel Gouveia e pelo vice-presidente Joaquim Agostinho Marques, que salientaram a importância para o território das questões levantadas neste seminário.
As comunicações incidiram sobre as alterações climáticas, o impacto dos incêndios na saúde ambiental, a proteção dos solos e os novos desafios na gestão florestal. Para estes quatro temas, o evento contou com o contributos dos professores José Gaspar (Escola Superior Agrária de Coimbra), Ana Ferreira (Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Coimbra), Luís Lopes (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e Beatriz Fidalgo (Escola Superior Agrária de Coimbra), respetivamente.
Ao longo do debate, uma das grandes questões, levantada pelos oradores e assistência, foi, precisamente, o papel e responsabilidade das autarquias no ordenamento florestal dos concelhos, tendo sido equacionadas algumas estratégias e medidas passíveis de serem implementadas. Em resposta a várias considerações sobre este assunto, Leonel Gouveia, presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, afirmou o importante papel dos Municípios no âmbito da gestão florestal, mas realçou e fez notar os condicionalismos e limitações da atuação das autarquias no que ao ordenamento florestal diz respeito.
O representante máximo do Município informou que a gestão da área florestal é, atualmente, da responsabilidade do Instituto Nacional de Conservação da Natureza - entidade que, de acordo com Leonel Gouveia, não pede, na grande maioria dos casos, o parecer da Câmara Municipal no âmbito de pedidos de licenciamento de plantações florestais. O presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão defende uma maior comunicação, mas também a atribuição de meios para o financiamento do cadastro florestal e da propriedade rústica, que constituem recursos essenciais para a atualização do mapa florestal e agrícola do concelhos, permitindo aferir a propriedade de muitos terrenos abandonados. Para o presidente da Câmara este é um passo fundamental para uma eficaz e eficiente gestão florestal e, consequentemente, para a prevenção dos incêndios e proteção de pessoas e bens.
Fotografia: Jornal Defesa da Beira