No dia 8 de abril foi assinalada, publicamente, no Município de Santa Comba Dão, a primeira fase de ampliação da rede de "Ilhas ecológicas" da Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB). Uma etapa inaugural que se traduziu na entrada em funcionamento de ecopontos semienterrados e enterrados, em cinco dos 19 municípios da AMRPB: Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Mangualde, Oliveira do Hospital e Sátão.
Sessão solene
A breve sessão solene, que marcou o início desta primeira fase, teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Município, sendo de registar as presenças de Leonel Gouveia, presidente da Câmara Municipal, Mário de Almeida Loureiro, presidente do Conselho Executivo da AMRPB, José Maria Portela, secretário executivo da associação, Tiago Borges, da Ferrovial e Pedro Cardoso, representante do Programa Operacional, Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) 2020.
Em destaque, esteve a concretização da candidatura da AMRPB ao POSEUR, com o objetivo de aumentar a recolha seletiva e diminuir drasticamente a quantidade de resíduos sólidos urbanos depositados em aterro. Para a concretização destas metas, foi estabelecida a instalação de novas ilhas ecológicas, de ecopontos enterrados e semienterrados, bem como a aquisição de 14 novas viaturas de recolha de resíduos sólidos urbanos, entre outras estruturas e equipamentos destinados a dar um maior impulso à economia circular. Na prática, a aposta foi na duplicação dos equipamentos de recolha seletiva e nos meios de recolha e transporte, na modernização das duas centrais de triagem, bem como num vasto plano de informação e sensibilização ambiental, que vai envolver escolas dos municípios do Planalto Beirão e comunidades da região.
As metas e números da candidatura foram elencadas por Mário de Almeida Loureiro, que falou ainda da tragédia dos incêndios de 2017, como uma catástrofe, que teve consequências gravíssimas para a região. Numa altura em que se davam os primeiros passos no âmbito da candidatura ao POSEUR 2020 (datada de 2016), o fogo provocou a destruição de centrais de tratamento de resíduos da AMRPB, resultando numa perda de milhões de euros. Mesmo assim, a AMRPB, que contou com um forte apoio do Estado, manteve a meta traçada no quadro da candidatura, encontrando-se, em fase de conclusão, dos trabalhos de reconstrução e requalificação dos equipamentos danificados.
Sobre a importância destes novas ilhas ecológicas para Santa Comba Dão, Leonel Gouveia destacou que o concelho vai passar a ter mais 5 conjuntos de ecopontos semienterrados - os primeiros de um conjunto de estruturas similares que a autarquia pretende instalar no território, numa ação extra candidatura, que conflui com os objetivos municipais de aumentar a recolha seletiva e de, assim, contribuir para um melhor ambiente . O representante máximo da autarquia referiu, igualmente, os 35 novos ecopontos de superfície que o concelho vai passar a dispor - 12 já instalados - aludindo, ainda, ao aumento da frota de recolha da AMRPB, que vai agilizar e contribuir para uma maior eficácia na gestão de resíduos.
Também em sintonia com os objetivos do projeto da AMRPB, o Município vai levar a cabo várias iniciativas de sensibilização ambiental, com foco na importância da recolha seletiva, e no envolvimento de toda a comunidade no desígnio comum de melhorar o ambiente no território. O autarca transmitiu ainda que esta iniciativa marca o início de uma nova dinâmica da autarquia, no âmbito da gestão de resíduos, com especial enfoque na participação cívica dos munícipes.
Demonstração prática do novo sistema de recolha
Numa vertente mais prática, os intervenientes e convidados da sessão tiveram a oportunidade de assistir, à recolha do conteúdo de um dos ecopontos semienterrados, localizado nas imediações da Câmara Municipal, sendo visível a elevada capacidade destes contentores (5 m3 e 3 m3), que ampliam, de forma efetiva, a possibilidade de recolha seletiva no concelho e em todos os Municípios da AMRPB.