O Carnaval em Pinheiro de Ázere é sempre sinónimo de folia e originalidade. E este ano não foi exceção, atraindo a presença de muitas pessoas, que não quiseram perder pitada de mais uma edição de sucesso, promovida pela Junta de Freguesia, Sociedade Filarmónica Lealdade Pinheirense e Centro Social Professor Oliveira e Costa, com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude e Município de Santa Comba Dão.
Já com tradição no território, a festa não deixou ninguém indiferente, envolvendo pessoas de todas as idades, numa celebração da alegria e da união das nossas gentes, que começou no sábado, 22, com um baile de Carnaval, prolongando-se até terça-feira, 25 de fevereiro.
O tema "Cowboys e Índios" deu o mote à festa e os foliões não deixaram os créditos por mãos alheias. Fatos originais, pinturas arrojadas e coreografias divertidas entretiveram fizeram a história destes dias. O cortejo teve uma primeira e uma segunda partes, mas para assistir a todo o enredo era obrigatório estar presente nos desfiles de domingo e terça-feira de Carnaval. Da capela de São Sebastião até ao coreto, cerca de 150 participantes percorreram as ruas de Pinheiro de Ázere, dançaram músicas de inspiração nativo-americana e country, com muitos temas carnavalescos à mistura. Pelo caminho e em pontos estratégicos fizeram coreografias e mostraram-se os dotes para a dança. A finalizar o desfile destes cowboys e índios amigos, estavam os participantes a cavalo (do Grupo Equestre de Ázere), devidamente ornamentados, que contribuíram para enriquecer esta iniciativa.
Para a história fica, também, o salloon improvisado no coreto, com direito a bailarinas de cancan e arruaceiros, que espalharam a desordem. A pequena performance teatral envolveu, ainda,um xerife, que pôs ordem na confusão, com três estrondosos tiros de revólver. Apesar da força da autoridade, não houve como impedir um assaltante famoso de subtrair propriedade alheia. De nome Billy the Kid, o fora da lei andou a monte e houve mesmo uma recompensa de 20 mil pinheiros a quem o encontrasse. Foi detido em plena terça-feira de Carnaval, com direito a execução pública e enterro do malfeitor, num ato simbólico que deu o mote para a despedida destes dias festivos.
Já o adeus espiritual foi feito pelo chefe índio que, em cima de um ponto elevado, fez sinais de fumo, que espoletaram uma dança da tribo índia presente. A eterna disputa entre cowboys e índios foi retratada apenas com algumas pequenas escaramuças, logo sanadas com música, alegria e sobretudo partilha e confraternização, como é apanágio destes dias.