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Ministra da Coesão Territorial visita Ribadão Design e Sabgal


A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve na sexta-feira, 19 de junho, em Santa Comba Dão, para uma visita a duas empresas do Parque Industrial das Lameiras - a  Ribadão Design e a Sabgal - que contam com um investimento global de perto de 40 milhões de euros e que vão empregar cerca de 230 trabalhadores.  


As empresas - Ribadão Design e Sabgal

Em processo de construção, a Ribadão Design é uma fábrica dedicada à produção de pavimentos flutuantes inovadores, com acabamentos diferenciadores, encontrando-se vocacionada para a exportação para  países como os Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Trata-se de um produto direcionado para o segmento médio-alto, que poderá servir de complemento ao trabalho de decoradores e arquitetos. Com início de laboração previsto para setembro e consolidação da produção para março de 2021, a empresa vai empregar entre  100 a 120 pessoas. 

Já a Sabgal - unidade produtiva de produtos alimentares congelados -  atualmente com 40 funcionários, vai contratar, até agosto, mais 70  trabalhadores - um processo de contratação que foi atrasado devido à situação da Covid-19. A empresa já está em funcionamento, mas de uma forma residual,  encontrando-se em fase de ensaios e de  validação dos produtos, em parceria com os principais clientes. De salientar que esta unidade prima pela inovação, detendo  parcerias com universidades e chefes de cozinha .  Até ao final do ano, a Sabgal estará a laborar acima dos 50%, pois este é "o tipo de empreendimento [que] requer formação e consolidação dos quadros", tal como afirmou o administrador Ernesto Vidal. Já no primeiro trimestre de 2021, é expectável que a empresa esteja a produzir "acima dos 80%". As vendas através do  canal online da empresa tem sido para Ernesto Vidal uma aposta ganha em tempos de adaptação, salientando que este foi um dos setores menos prejudicados com a situação em que vivemos. 

Sessão Solene
"Estes são bons exemplos de como em Santa Comba Dão se trabalha e produz com inovação e conhecimento para o mundo. São bons exemplos de projetos que financiámos com fundos europeus. São exemplos de empresários que investem em Santa Comba Dão, que estão em Santa Comba Dão, mas que também estão no mundo", disse a ministra da Coesão Territorial na sessão solene que antecedeu a visita às duas empresas. 

No Salão Nobre dos Paços do Concelho, numa sessão aberta pelo presidente da Assembleia Municipal, César Branquinho, Ana Abrunhosa falou para membros do Executivo, presidentes de Junta e para um representante da Associação Empresarial da Região de Viseu. A ministra reportou aos tempos difíceis que novamente  vivemos com a situação pandémica, falando de outros momentos em que - enquanto presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) - visitou o concelho, no âmbito do processo de reconstrução de habitações, após os trágicos incêndios de 2017. "Tempos difíceis, que mostraram a resiliência, a força e a garra" das populações. Resiliência, força e garra que "temos de continuar a ter". "A pandemia ensinou-nos muitas coisas, a importância de termos  juntas e presidentes de junta no terreno", a importância das autarquias - que constituíram "a primeira linha na resolução dos problemas", disse.   

Explicou ainda que o Ministério da Coesão Territorial tem como grande objetivo promover o desenvolvimento equilibrado do país e que, por isso, tem um olhar mais atento para o interior. "Se tivermos um interior mais desenvolvido, com mais igualdade de oportunidades, nós seremos decerto um país com mais coesão territorial", disse. Durante a sessão, apresentou, precisamente, um pacote de medidas destinado aos territórios do interior, que visa apoiar empresas e entidades da economia social, como ipss's e associaçãos, bem como colaboradores e empresas do litoral que se queiram fixar em territórios do interior. Uma das modalidades mais destacadas foi o apoio à contratação por micro, pequenas e médias empresas já existentes ou a criar. 

Nas palavras que dirigiu à ministra da Coesão Social, Leonel Gouveia transmitiu algumas das suas preocupações relativas às empresas afetadas pela pandemia.  Falou dos apoios  que vêm sendo atribuídos pelo Governo para minimizar as dificuldades sentidas, mas que têm sido muito morosos a chegar, "fruto da burocracia de que teimosamente continuamos reféns". " Há setores de atividade, que no retomar da sua laboração, continuam a ter dias angustiantes pelo receio da procura pelos clientes, como é por exemplo o caso da restauração, e que esperam um acompanhamento da situação por parte do nosso Governo", destacou.

Em Santa Comba Dão, e "depois de uma década sem instalação de novas empresas", temos "visto de há poucos anos para cá a criação de várias unidades, que estavam e estão em fase de inicio de laboração e que viram também a sua vida suspensa". "E tal como o apoio  às empresas em lay-off", estas empresas "merecem ser apoiadas pela criação de novos postos de trabalho, uma vez que também a manutenção da inatividade nestes meses lhes acarretou custos acrescidos", reiterou.

No entanto, e apesar dos tempos difíceis, o representante máximo da autarquia salientou como fatores positivos o facto de, nos últimos quatro anos, se terem vindo a instalar novas empresas no concelho, de outras estarem a aumentar as suas instalações fabris e outras ainda a diversificar a área de negócio. Adiantou, de igual modo, que há "negociações para a instalação de novas empresas".

Da intervenção do representante máximo da autarquia, ficam ainda as palavras de agradecimento a Ana Abrunhosa -  um rosto bem conhecido de todos os santacombadenses - que "é sempre uma honra receber".  "Naturalmente foram muitas as vezes em que (...) aqui  esteve para apoiar os dias difíceis que se sucederam ao trágico incêndio de 2017 e nos dois anos seguintes a acompanhar todo o trabalho de reconstrução das habitações, das empresas, no apoio às populações, facto que nunca é demais lembrar e agradecer", sublinhou. 

Agora, num outro papel, e de acordo com o representante máximo da autarquia, Ana Abrunhosa continua perto das populações, assumindo uma pasta diretamente ligada ao desenvolvimento regional e à dinamização de territórios. 











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