A Violência Doméstica é um atentado à dignidade do Ser Humano.
TODOS podemos ser vítimas de violência doméstica.
A violência doméstica abarca comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes, sobretudo para controlar a outra.
As pessoas envolvidas podem ser casadas ou não, ser do mesmo sexo ou não, viver juntas, separadas ou namorar. As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, orientação sexual, formação ou estado civil.
De acordo com a APAV o Crime de Violência Doméstica deve abranger todos os atos que sejam crime e que sejam praticados neste âmbito.
Podemos distinguir a Violência Doméstica entre:
. Violência doméstica em sentido estrito (os atos criminais: maus tratos físicos; maus tratos psíquicos; ameaça; coação; injúrias; difamação e crimes sexuais)
. Violência doméstica em sentido lato, que inclui outros crimes em contacto doméstico [violação de domicílio ou perturbação da vida privada; devassa da vida privada (imagens; conversas telefónicas; emails; revelar segredos e factos privados; etc. violação de correspondência ou de telecomunicações; violência sexual; subtração de menor; violação da obrigação de alimentos; homicídio: tentado/consumado; dano; furto e roubo)]
A violência doméstica engloba vários tipos de abuso, tais como:
- violência emocional;
- violência social;
- violência física;
- violência sexual;
- violência financeira;
- perseguição.
O ciclo da violência doméstica caracteriza-se pela sua continuidade no tempo, isto é, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos. De tal forma que, as fases de tensão e de ataque mais violento passam a ser predominantes. Culminando em situações limite!
É a confluência de fatores intrínsecos e extrínsecos a quem é vitima, envoltos numa panóplia de mitos “desculpabilizantes” para o agressor e “culpabilizantes” para a vítima, que enredam as pessoas, as paralisam e as fazem manter numa realidade de violência!
Todas as pessoas que vivem (ou viveram) uma situação de Violência Doméstica têm reações diferentes, em função de diversos fatores, tais como:
- os tipos de abuso que sofreu;
- as estratégias que utilizou para sobreviver ao abuso;
- outros fatores de stress na vida e/ou quotidiano;
- o apoio (ou a falta deste) prestado, formal ou informalmente.
A reconstrução de identidade no pós vivência, deveras traumatizante, é de luta! ...Sim de luta!