A Casa da Cultura de Santa Comba Dão deslumbra pela sua dimensão e localização, permitindo a leitura interdisciplinar de uma vasta e diversa paisagem.
As raízes histórico-culturais dos habitantes das povoações, vilas e cidades desta zona do país, nomeadamente da cidade de Santa Comba Dão, são uma realidade sentida e reconhecida, como demonstra o seu passado histórico, o seu património arquitetónico, arqueológico e cultural.
A concretização da Casa da Cultura foi fundamental, espelhando todo um passado nobre e rico em tradição, perspetivando um futuro com sucesso e inovador. Prende-se com a vontade de criar uma «Casa» que fomente a realização de todo o tipo de atividades culturais, nomeadamente no campo musical, do teatro, do cinema, e de um modo geral, de toda a espécie de artes performativas, colmatando, desta forma, uma lacuna cultural no concelho e mesmo na região.
Projeto de remodelação, ampliação e transformação
O projeto teve como objetivo principal dar corpo a um projeto inacabado (desde 1949 que o edifício sempre teve na sua génese de conceção o ideal de uma sala de espetáculos).
O edifício original, da autoria do arquiteto Bastos, distinto portuense da sua época, contemplava já no seu projeto de arquitetura, a construção de uma sala de espetáculos com uma plateia prevista para 570 lugares. De todo o conjunto projetado, somente foi executada uma parte do edifício – a “CASA DO POVO”, inaugurada na década de 50.
Desde então, à Casa do Povo, sempre lhe ficou associada a memória coletiva de várias gerações.
A escolha do edifício da antiga Casa do Povo surgiu como a oportunidade de revitalizar um edifício, de alguma forma marcante no consciente coletivo concelhio, pela sua forma arquitetónica, como exemplo da arquitetura da primeira metade do século XX.
A Casa da Cultura desenvolve-se em dois núcleos distintos - o antigo e o novo - cuja ligação arquitetónica se estabelece por um novo conjunto de volumetrias, necessárias para o desenvolvimento interior dos espaços exigidos para cumprimento do programa (espaços principais e de apoio).
O primeiro núcleo, composto pelo edifício já existente, com dois pisos e uma cave, é caracterizado por ser portador de uma imagem muito forte (edifício nobre), característico da sua época de conceção - marcante pela sua fachada principal - através dos arcos que a constituem e pelo uso de blocos de granito.
O segundo núcleo tenta preservar o mais possível os valores do edifício existente, através do uso parcial de granito nas fachadas novas.
Contactos:
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Coordenadas GPS: N 40º 23' 55º , W 8º 07' 50º