São muitos os locais de cariz histórico e cultural, constituídos por monumentos e construções antigas, a visitar no território equivalente à antiga freguesia do Vimieiro, atualmente integrado na União de Freguesias de Óvoa e Vimieiro.
O turista ou visitante pode iniciar a sua viagem histórico-cultural por estas terras, visitando a Igreja Matriz. Todavia, desconhece-se o estilo arquitetónico e a época histórica a que pertence.
No local onde hoje está a Igreja Matriz, existiu já um templo primitivo antiquíssimo, anterior à própria paróquia. A confirmar a antiguidade do local, existem vestígios de sepulturas protocristãs, cavadas na rocha.
Vale a pena visitar a Capela de São Bartolomeu e a Capela Devota de Nossa Senhora da Agonia ambas do século XIX, e a Capela de São Simão.
A Escola Cantina Salazar merece uma visita atenta por parte de quem aqui passa. Inaugurada a 28 de abril de 1940, pelo Ministro de Educação, trata-se de uma obra de arte, toda em pedra, verdadeira escultura, eterna e elegante.
A sua estrutura física é composta por duas salas de aulas; o gabinete dos professores, onde ainda existe um valioso piano; o refeitório, constituído por três mesas com tampas em mármore preto e respetivos bancos agarrados às mesas. O refeitório tem um quadro pintado a óleo que nos retrata uma menina do mundo rural. A menina tem tranças com lacinhos na ponta, saia rodada azul, blusa branca e sacos. Tem na mão um raminho de flores e está junto a um vidro de Santa Filomena. Há ainda uma placa em mármore com os nomes dos beneméritos da cantina e existe uma cozinha com um fogão de ferro.
Foram primeiros professores desta escola o professor Sobral e a professora Marta do Resgate de Oliveira Salazar.
O turista pode ainda visitar o Cruzeiro, o Chafariz e a Calçada Romana que se situam junto à Antiga Ponte Sobre o Rio Dão.
O Cruzeiro, construído em honra de Santa Cruz, é de granito tosco, sendo o local de encontro das cruzes da Romaria de Santa Cruz.
A freguesia do Vimieiro, é também muito rica a nível arquitetónico, destacando-se: os Solares do João Miranda, dos Coutinhos e dos Malhões no Rojão e a Casa Solarenga dos Perestelos no Vimieiro, construída no século XIX, segundo o estilo beirão.
O visitante pode terminar a sua viagem pelo Vimieiro visitando a casa onde nasceu António de Oliveira Salazar e o cemitério do Vimieiro onde o político se encontra sepultado.
A cerca de dois quilómetros de Santa Comba Dão, sede do concelho, está situada a freguesia de Vimieiro, junto à Albufeira de Aguieira e próximo da margem esquerda do rio Dão.
A freguesia estende-se por uma área de 1590 hectares tendo, atualmente, uma população aproximada de cerca de 1275 habitantes.
Aqui se situa a estação de caminho-de-ferro e é a terra natal do estadista António de Oliveira Salazar, que governou os desígnios de Portugal durante quase 50 anos.
A descoberta de vestígios arqueológicos de uma calçada romana, atualmente desaparecida, levam a crer que este povoado data da época Romana. Todavia, as referências a um povoado calcolítico não podem ser confirmadas.
Segundo dados existentes o povoamento desta freguesia tem raízes anteriores ao século X e fazem referência à "villa" de Santa Comba, terras do Conde Oveco Garcia.
É este "terra-tenente" que em seu tempo faz a doação de quase todas as suas terras ao Mosteiro de Lorvão, as quais no século XI transitam para a esfera da Sé de Coimbra.
Nesta transição de poder excetuou-se o Vimieiro que continuou a pertencer ao Couto do Mosteiro.
Segundo Pinho Leal, o nome Vimieiro deriva de vimes existentes ao longo do rio e ribeiros. No Cadastro da Beira de 1527, contabilizavam-se cerca de catorze moradores no Vimieiro e dezoito no Rojão.
A instituição paroquial é bastante tardia, bem como a obra da Igreja de Santa Comba do Couto do Mosteiro, um ponto de visita de referência pois é considerado um dos monumentos mais importantes do Vale do Dão em termos de antiguidade. Foi esta igreja que, no século XV ou XVI instituiu a paróquia do Vimieiro. Por essa razão, o pároco desta freguesia tinha de se apresentar ao prior da Igreja do Couto do Mosteiro.
Atualmente ainda se realiza a Romaria de Santa Cruz, que tem como principal festividade religiosa a vinda em procissão da Santa Columba, da Igreja do Couto do Mosteiro até à Igreja de Santa Cruz no Vimieiro. Trata-se de cerimónias que nos levam até à antiga submissão paroquial desta igreja à Igreja Matriz.
A Estação de Caminho-de-Ferro situa-se no Bairro da Estação. Há algumas décadas era também a estação da Linha do Dão, facto que contribuiu para um grande desenvolvimento económico, não só resultante do movimento de pessoas e mercadorias, proporcionado pelo comboio, mas também devido às instalações fabris e comerciais existentes na época, grande parte delas já desativadas.
A localidade do Vimieiro foi o primeiro polo importante, no campo educativo, com o Colégio António de Oliveira, fundado e dirigido pelo doutor Joaquim de Sousa Félix, único a oferecer o ensino secundário no concelho até 1957, altura em que foi encerrado.
São muitos os locais de cariz histórico e cultural, constituídos por monumentos e construções antigas, a visitar no território equivalente à antiga freguesia de Treixedo (agora integrado na União de Freguesias de Treixedo e Nagozela), uma vez que tem um património arqueológico e arquitetónico edificado com valor. Existem lagaretas, os pequenos lagares utilizados ainda na Idade Média para o vinho e para o azeite.
No século XVI, foi abandonada a primeira Igreja, em honra de Santa Maria, situada ao sul da povoação e onde terá existido o Mosteiro de Treixedo.
O turista ou visitante pode iniciar a sua viagem histórico-cultural por estas terras, visitando a Igreja Matriz, cuja construção remonta ao século XVIII. De estilo barroco, esta igreja apresenta um belíssimo altar-mor. Presume-se que a sua construção se tenha iniciado em 1712, com a primeira pedra lançada pelo bispo de Viseu, D. Gerónimo Soares. A entrada principal está voltada para nascente e o sacrário para poente. As inscrições que se encontravam nas paredes deste monumento não foram preservadas.
Há outros monumentos e construções de interesse por descobrir nesta freguesia:
- o Solar do Torreão ou Solar do Visconde de Treixedo, possui um brasão datado dos finais do século XVIII, início do século XIX e capela privativa. Foi propriedade do primeiro Visconde de Treixedo, Francisco de Gouveia Bandeira de Figueiredo, mas o seu atual proprietário é conhecido por Visconde de Rio Torto;
- a Quinta Doutor Victor Simões data do século XIX e pertence ao estilo beirão. Atualmente, a quinta é propriedade de João Norte. A produção típica é a criação de gado.
O turista ou visitante pode terminar a sua viagem histórico-cultural por estas terras com uma visita à Antiga Estação dos Caminho-de-Ferro situada na Póvoa de João Dias. Os vestígios dos caminhos-de-ferro, a estação, a Ecopista, especialmente, a ponte metálica de cento e vinte e dois metros que transpõe obliquamente o rio Dão são, também, importantes pontos de referência do passado histórico da antiga freguesia de Treixedo e merecem uma visita atenta.
A freguesia de Treixedo fica situada a 131 metros de altitude entre as duas importantes cidades do interior: Coimbra (a 45 quilómetros) e Viseu (a 25 quilómetros).
É circundada por uma vasta floresta verde, vislumbrando-se, ao longe, as Serras da Estrela e do Caramulo.
A construção da Barragem da Aguieira galgou vastas zonas fazendo subir o rio Dão, criando pontos de águas paradas de rara beleza paisagística e natural, sendo de salientar a zona confinante com o Granjal que permite a prática de desportos náuticos.
É na margem direita do rio Dão que podemos encontrar este povoado com origem pré-histórica, como demonstra a arqueologia. Documentos escritos conferem-lhe, também, uma grande antiguidade como povoação. Um documento datado de 974 refere Treixedo como local onde se encontra o senhor Oveco Gracia e dai doa ao Mosteiro do Lorvão a sua “villa” de Santa Comba Dão. Neste documento, a localidade de Treixedo aparece referenciada como sendo uma vila rústica e antiga, de origem pré ou proto-histórica fazendo referência às “ arcas, pedras fitas, vias antigas, pedras celadas.
É possível que a sua origem esteja relacionada com o Castro de Trenho, que terá existido numa elevação, perto das “Arcas“ e “ Pedras Fiitas” – “Villa Traxete”.
No ano de 1102, D. Eusábio, abade do Mosteiro do Lorvão, outorgou carta de povoação aos habitantes de Santa Comba Dão e Treixedo
Em 1133, D. Afonso Henriques concede carta de couto a Treixedo, um documento com referência à arqueologia aí existente, nomeadamente ao “Castro Trenium”. Este couto era bastante vasto, compreendendo as atuais freguesias de Treixedo, São Joaninho e Couto do Mosteiro. Recebeu carta foral por D. Manuel, a 16 de Março de 1514, criando-se assim um concelho que seria extinto com a reforma administrativa de 1836.
No século XVIII, ainda tinha juiz ordinário dos órfãos, câmara, cadeia e pelourinho. Nagosela foi anexa de Treixedo até ao século XVII, de 1837 a 1850 e novamente dos finais do século XIX até 1984.
O Pelourinho, um dos símbolos da sua antiga autonomia, desapareceu há muitos anos, não havendo, atualmente, elementos que permitam conhecer a sua forma. Sabe-se que o monumento ficava no Largo de São Lourenço e foi destruído no século XIX.
O território equivalente à anterior freguesia de Treixedo compreende cerca de 987 habitantes (dados de 2011). A principal fonte de subsistência é a agricultura, existindo, no entanto, o pequeno comércio, as indústrias de construção civil, confeções, mobiliário e agropecuária, também com um papel relevante.
A anterior freguesia abrangia os locais de Granjal, Póvoa de João Dias e Treixedo, agora integrados na União de Freguesias de Treixedo e Nagozela.
Santa Comba Dão apresenta verdadeiros tesouros de um passado mais ou menos longínquo, e que o visitante pode admirar. As formas e estilos de algumas épocas e idades têm, no Barroco, o seu período mais marcante.
Qualquer visitante ou habitante desta cidade pode iniciar a sua visita histórico-cultural pela Igreja da Misericórdia. Datada do século XVIII, o templo possui uma fachada de cariz Renascentista. Começou a ser construída em 1737 e foi inaugurada em 1755. O entalhamento e douramento de altares ficaram concluídos em 1782.
Este monumento é pertença da Santa Casa da Misericórdia.
Em seguida pode dirigir-se aos Aldrógãos, zona típica da cidade onde passa a Ribeira das Hortas. Esta ribeira nasce na fonte do Salgueiral, a seis quilómetros de Santa Comba Dão e desagua no Rio Dão, alimentando, no seu curso, o viaduto e diferentes açudes, que servem de motor a algumas azenhas.
Junto aos Aldrogãos, destaque para a Casa dos Arcos, monumento classificado por Decreto n.º 32 973, de 18 de agosto de 1943. Trata-se de uma construção solarenga que pertenceu aos antigos Barões de Santa Comba Dão, remontando a sua construção ao século XVII.
A fachada de galerias e varandas alpendradas constituem o grande atrativo visual de Santa Comba Dão.
A destacar junto ao portal, armoriado, uma lápide alusiva à visita a esta casa de D. Catarina de Bragança, rainha de Inglaterra, em 1692, e de D. Pedro II de Portugal, seu irmão, decorria o ano de 1704.
No primeiro andar funciona, atualmente, a Biblioteca Municipal.
A Antiga Residência Paroquial data de 1571, tendo sido reedificada no século XVIII. Na fachada principal ainda permanecem as características arquitetónicas do Renascimento. Foi antiga Casa da Misericórdia, e diz-se ter sido um convento, onde existia uma roda para deixar bebés.
A Igreja Matriz é um dos vários exemplares da arquitetura do barroco, com duas torres sineiras. Datada do século XVIII, a sua construção iniciou-se em 1725, tendo sido inaugurada a 11 de julho de 1755. Foi reedificada no último quartel do século XIX, no local onde existiu a Igreja de Santa Maria de Burgo, sagrada nos meados do século XIV por D. Raimundo, bispo de Coimbra.
Uma lápide, em letra gótica, incrustada na parede da Capela-Mor ao lado da epístola, confirma este acontecimento.
Situado junto à Igreja Matriz, num local designado de Outeirinho, encontramos o Miradouro, um local que merece uma visita atenta, uma vez que, aqui, o visitante pode desfrutar de uma vista panorâmica sobre o Rio Dão e sobre o território correspondente à União de Freguesias do Vimieiro e Óvoa. A caminho do Miradouro pode, ainda, admirar-se com o Painel de Azulejos situado no muro da Igreja, que ilustra a Casa de António de Oliveira Salazar.
A Casa da Cultura de Santa Comba Dão deslumbra pela sua dimensão e localização, permitindo a leitura interdisciplinar de uma vasta e diversa paisagem. Trata-se de um espaço cultural que nasceu através da reconstrução e obras de manutenção que o edifício sofreu. Ali funcionava a antiga Casa do Povo.
A concretização deste espaço foi fundamental. Espelhando todo um passado nobre e rico em tradição e perspetiva um futuro com sucesso e inovador. A sua origem prende-se com a vontade de criar uma «Casa» que fomentasse a realização de todo o tipo de atividades culturais, nomeadamente no campo musical, do teatro, do cinema, e de um modo geral, de toda a espécie de artes performativas.
O Largo do Rossio constitui um dos locais mais belos da cidade.
O jogo exterior de habitações e utilização de cal nas juntas das paredes, assim como nas escadas exteriores sem guarda, mostra bem o modelo frequente desta zona.
Em todos os aglomerados da cidade sobressaem alguns edifícios de aparatosas fachadas. Alguns são peças ricas e por vezes símbolos e expressões de uma hierarquia social, que contrasta com a forma simples e rudimentar que a envolve.
No Largo do Rossio poderá ainda visitar:
- o Solar dos Albergaria datado do século XIX, pertencente ao estilo beirão e propriedade de Margarida Mendes Leal;
- a Casa Ferreira de Almeida, datada do mesmo período e igualmente pertencente ao estilo beirão. Esta casa situa-se entre o Largo do Rossio e a Igreja da Misericórdia;
- a Casa Correia Godinho. Esta casa data do século XIX e pertence ao estilo beirão. Foi propriedade da Santa Casa da Misericórdia e antiga sede dos Escuteiros.
Em Santa Comba Dão poderá ainda visitar outro largo: o Largo do Município.
Neste local poderá conhecer a Ponte Sobre a Ribeira das Hortas, uma ponte de cantaria, reconstruída no ano de 1735. Desconhece-se o seu tipo de arquitetura. Alguns historiadores defendem que esta ponte é de origem romana, outros que se trata de uma construção medieval. Antigamente era costume verem-se as mulheres a lavarem a roupa nestas águas, tradição já pouco vista nos tempos que correm.
O Edifício da Câmara Municipal situa-se neste largo.
Data de 1871, o estudo para a edificação dos Paços do Concelho num sítio designado Pombal, localizado na propriedade do Barão de Santa Comba Dão. A arrematação da obra ficou a cargo de Joaquim Pereira da Silva, que a deu por terminada somente no ano de 1876.
Sabe-se que foi deixada uma sala livre a fim de para ali serem removidos alguns presos de pequenos delitos, uma vez que a cadeia não os conseguia albergar.
O Pelourinho, construído em granito, é uma reconstrução do século XIX assente em plataforma com três degraus. Apresenta uma coluna de fuste cilíndrico torso e remate piramidal quadrado, tendo no coruchéu um mamilo cónico e, na grimpa, a esfera armilar em ferro.
O Chafariz é outro marco histórico que pode visitar neste largo. A apresentação do projeto do Chafariz da cidade de Santa Comba Dão data de 1895, e foi elaborado pelo engenheiro Abel Urbano, cujo trabalho ofereceu gratuitamente.
Na Zona Antiga da Cidade pode visitar a Pedra Talhada, o Coreto e a Capela de Nossa Senhora da Conceição e o Miradouro do Outeirinho.
O Miradouro do Outeirinho proporciona uma vista desta terra, onde “a rudez do granito beirão se confunde com a hospitalidade deste povo e o orgulho nas suas lendas: descubra o porquê das suas árvores tomarem, por vezes, a designação de chorões...”
A Antiga Ponte Sobre o Rio Dão constitui um ponto de passagem muito interessante em termos históricos. Trata-se de uma ponte de cantaria que foi ampliada em 1935 e cujo tabuleiro longo encurvado assenta em seis arcos de tamanho desigual. Ignora-se a data em que foi construída, presumindo-se que a ponte seja de origem romana.
Sabe-se que a 20 de setembro de 1810 foi parcialmente destruída por ocasião da terceira invasão francesa, sob o comando do Marechal Massenna e reconstruida em 1825. Assim o confirma uma memória que diz o seguinte: "Foi esta ponte cortada em 20 de Setembro de 1810 pela invasão do Exército Frânces commandado por Massena. Foram reedificadas as suas ruínas e de novo feitas estas cortinas dos lados e a estrada e a calçada da parte sul mediante paternal desvelo do excelso Imperador e Rei o senhor D. João VI em 1825 gastarão-se 3.898$05. Ano DOMINi MDCCCXXV".
Próximo desta data ergue-se a Capela do Senhor da Ponte. Esta capela data do século XVIII e pertence ao estilo barroco. Foi removida do seu local de origem, junto à antiga ponte sobre o Rio Dão, tendo sido reconstruída no sítio onde atualmente se encontra, em consequência do enchimento da Albufeira da Barragem da Aguieira.