A Câmara Municipal de Santa Comba Dão apresentou o Orçamento da Receita e Despesa e Grandes Opções do Plano, para o ano de 2015. Um documento que, segundo Leonel Gouveia, presidente da autarquia, “não é aquele que qualquer executivo goste de apresentar, mas é aquele que resulta de uma opção consciente e responsável do que é imperativo da inversão das políticas financeiras dos últimos anos”.
O Orçamento da Receita e Despesa, da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, totaliza o valor de 13.149.212 euros.
Com um valor inferior, ao de 2014, em cerca de 1,7 milhões de euros, este orçamento reflete sobretudo uma diminuição de cerca de 1,1 milhões de euros no endividamento do município. Segundo dados da DGAL, relativos ao 3º trimestre, o endividamento foi reduzido em 5,87% e o excesso de endividamento reduzido em 11,4%.
As Grandes Opções do Plano e o Orçamento foram elaboradas, num contexto de enorme dificuldade, continuando a árdua tarefa de consolidar as contas do Município, e com o peso dos seguintes condicionantes:
A declaração da situação de rutura financeira do município, tendo por base o disposto no artigo 61º da Lei nº 73/2013, de 3 de Setembro (Lei da Finanças Locais) e a consequente obrigatoriedade de recurso ao FAM, com todas as implicações que tal situação implica.
Apesar do município estar a aplicar uma apertada assunção de despesas, apenas circunscritas ao imprescindível e inadiável, os condicionantes apresentados implicam a obrigatoriedade da implementação de medidas de maximização das receitas, nomeadamente ao nível dos impostos e taxas municipais.
Perante esta necessidade, Leonel Gouveia manifesta o seu desagrado com a situação e lamenta, inclusive, que “este esforço recaia sobre os munícipes, que nada contribuíram para a situação em que nos encontramos, que se vêm penalizados relativamente aos munícipes de concelhos vizinhos”.
A pensar exatamente nos santacombadenses, e no futuro do seu concelho, o autarca deixa a garantia que, “com ousadia e confiança”, é possível alicerçar a retoma do desenvolvimento de Santa Comba Dão, procurando alcançar os objetivos a que o atual executivo camarário se propôs, criando, através das Grandes opções para 2015, condições para:
A estruturação funcional, das Grandes Opções do Plano, aponta para uma maior canalização de recursos para as funções sociais, registando um peso de 82%, o que demonstra a grande preocupação que o executivo assume relativamente ao assegurar o bem estar da população.
Para 2015, perante os desafios, dificuldades e oportunidades, Leonel Gouveia deixa o apelo “à participação, ao empenhamento e à criatividade dos eleitos, dos trabalhadores municipais, das instituições e dos santacombadenses em geral.
Estamos convictos que, juntos, poderemos dar um contributo para prestigiar o nosso concelho, assegurando uma melhor qualidade de vida aos nossos munícipes e procurando garantir um desenvolvimento sustentado”, concluiu o presidente da edilidade Santacombadense.
O Mercadão, iniciativa temática para a venda de artesanato e de produtos locais do Concelho de Santa Comba Dão, vai funcionar mensalmente no Mercado Municipal.
Horário Ferreira
Horário Ferreira (Santa Comba Dão, 1988) iniciou os estudos musicais na Sociedade Filarmónica Lealdade Pinheirense, aos 8 anos. Estudou no Conservatório de Música de Coimbra (com Henrique Pereira), na Escola Profissional de Música de Espinho – EPME (com Luís Carvalho) e licenciou-se na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo – ESMAE, na classe do professor António Saiote.
Participou em master classes com António Saiote, Florent Héau, Phillipe Berrod, Larry Combs, Henrique Pérez Piquer, Michel Lethiec, Charles Neidich, Steve Cohen, Pascual Martínez, Jérôme Verhæghe, Rodovan Cavalin, Eduard Brunner, entre outros. Trabalhou música de câmara com nomes como Radovan Vlatković, Klaus Thunemann, Jaques Zoon, Luís Fernando Pérez, Hansjörg Schellenberger, Márta Gulyás, etc.
Enquanto aluno da EPME participou na Orquestra Sinfónica da mesma e posteriormente na Orquestra Clássica de Espinho, fazendo em 2005 uma digressão ao Brasil, actuando nas principais salas. Desde cedo participou activamente em encontros de jovens destacando-se a Banda Sinfónica Minho-Galaica, Banda Sinfónica de Santa Maria da Feira, Banda Sinfónica do Centro, Orquestra Juvenil de Fajões, Orquestra de Jovens de Águeda, participou no VII estágio da Orquestra APROARTE e no I Estágio para Orquestra promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Obteve diversas distinções, como o 1º Prémio no “Concurso da Costa Azul” - classe B, 3º Prémio no “High School Solo Competition” (Vancouver), 1º Prémio na 21ª edição do “Prémio Jovens Músicos”; 1º Prémio no Concurso Nacional “Terras de La Salette” e 2º Prémio execuo no 16º Concurso de Interpretação do Estoril, tendo sido semifinalista no concurso "Ciudad de Dos Hermanas" (Sevilha), finalista no "Young Artists Competition" (Kansas City) e no Concurso Internacional “Gioseppe Tassis” (Milão). Recentemente foi galardoado no “Concours Debussy” International Clarinet Competition (Paris) com a melhor interpretação da Première Rhapsodie de Debussy.
Horácio Ferreira é um dos principais reforços da Orquestra Sinfónica Portuguesa e da Orquestra Filarmonia das Beiras após concurso público. É também membro fundador do projecto Banda Sinfónica Portuguesa, agrupamento com o qual realizou uma digressão à China em 2014 e gravou inúmeros CD’s. Com esta formação obteve o 1º prémio nos concursos de Bandas em La Sénia (Barcelona) e 60º World Music Contest em Kerkrade (Holanda). Prontamente também se associou activamente ao projecto Orquestra XXI, reunindo vários músicos portugueses que residem no estrangeiro.
Colaborou também com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Clássica de Espinho e com a Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim. Enquanto estudante participou na Orquestra de Clarinetes Invicta ‘All-Stars’, Orquestra Sinfónica da ESMAE, Orquestra Sinfónica Freixnet da Escuela Superior de Musica Reina Sofia e Sinfonietta da ESMRS.
A sua experiência enquanto músico de orquestra permitiu-lhe trabalhar com maestros como António Victorino D’Almeida, Douglas Bostock, Martin André, Antonio Pirolli, Emil Tabakov, Cesário Costa, Jean-Marc Burfin, Ernst Schelle, Jan Cober, Rodolfo Saglimbeni, Alex Schilling, José Vilaplana, Luís Carvalho, Pablo González, Peter Rundel, Pascal Rophé, Pedro Neves, Joana Carneiro, Speranza Scappucci, entre outros.
Gravou a obra Submundo, de Sara Claro, para a GDA/RDP, inserido num CD de comemoração dos 25 anos do Prémio Jovens Músicos. Actuou no Festival de Música de Guimarães, Festival Internacional de Música de Espinho, Festival Internacional de Música Príncipe de Astúrias, Festival de Clarinetes do Dão, Cistermusica, Festival ao Largo, Festival Internacional da Póvoa de Varzim e no Congresso Mundial de Clarinete.
Apresentou-se como solista com a Orquestra de Clarinetes de Almada, Banda Amigos da Branca, Orquestra da Fundação Príncipe das Astúrias e Orquestra Gulbenkian.
Actualmente prossegue os estudos em Madrid na Escuela Superior de Musica Reina Sofia sob orientação dos professores Enrique Pérez Piquer e Michel Arrignon, e em Paris, com Nicolas Baldeyrou.
Horácio Ferreira é bolseiro da Fundación Albéniz, Fundación Carolina e Fundação Gulbenkian.